No dia em que celebrou o seu 66º aniversário, a Fundação Bissaya Barreto divulgou, em cerimónia pública, o projeto de expansão do Portugal dos Pequenitos, parque lúdico-pedagógico, inaugurado em Coimbra, em 1940.
Respeitando o conceito pedagógico que está na génese deste parque, a Fundação conta iniciar, em 2025, a execução deste projeto dedicado inteiramente à arquitetura contemporânea, que espera ver concluído em 2027.
Neste investimento de cerca de sete milhões de euros, que recorre a fundos próprios da Fundação, serão representadas obras icónicas da arquitetura contemporânea portuguesa, da autoria de cinco Arquitetos de renome. Nesta nova área, com cerca de um hectare, representar-se-ão o Pavilhão de Portugal, de Álvaro Siza Vieira, a Casa das Histórias de Paula Rego, de Eduardo Souto Moura, a Casa da Música, de Rem Koolhaas (neste projeto representado por Nuno Rosado), o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, de Luís Pedro Silva e o Bar à Margem, de João Pedro Falcão de Campos. Num trabalho conjunto, que consideraram desafiante e estimulante, estes cinco Arquitetos contaram também com a estreita colaboração dos arquitetos paisagistas Frederico Vital Soares e Eduardo Costa Pinto.
Segundo Patrícia Viegas Nascimento, presidente da Fundação Bissaya Barreto, “este projeto vai além da mera representação de edifícios icónicos em escala reduzida. [Ele] propõe uma reinterpretação cuidadosa e detalhada, uma abordagem que considera não apenas cada edifício individualmente, mas também as relações entre eles, os percursos que os conectam e a sua integração harmoniosa com o jardim envolvente. E tudo isto – sublinhou – a uma escala delicadamente estudada… à escala da criança”.
Afirmando-se comprometida com a perpetuidade do legado e missão do Portugal dos Pequenito, Patrícia Viegas Nascimento, deixou claro que este projeto “não é apenas uma adição física ao parque. É um convite à reflexão sobre o que é a Arquitetura!” associada a uma componente paisagística muito forte. Para a presidente da instituição, tal como até aqui, “os edifícios convidarão ao toque, à interação e à descoberta espontânea, promovendo [nas crianças] a aprendizagem através do “brincar” estimulando o seu imaginário e pensamento crítico”.
Num estreito compromisso com o projeto pedagógico do parque, a arquitetura contemporânea doravante representada, vai permitir explorar conteúdos relacionados com o Mar e os Oceanos, com a Música e com a Arte.