“O Duelo”, da autoria de Inês Viegas Oliveira, texto e ilustração, editado em 2022 pela editora Planeta Tangerina, é a obra vencedora do Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância, edição de 2024.

O júri, composto pelo investigador Rui Marques Veloso, pelo escritor José António Gomes e por Lúcia Santos em representação da Fundação, considerou que a obra se “carateriza pela atualidade e perenidade do tema, num indeclinável apelo à paz e à não-violência, abordado segundo uma ótica reflexiva e humanista. Responsável pela escrita e pela ilustração e combinando as duas linguagens num álbum narrativo puro, a autora evidencia, no plano pictórico, originalidade, qualidade plástica, bem como versatilidade de traço e figuração que conferem ao seu trabalho enorme poder de sugestão”. Acrescentou ainda que “o objeto livro final configura uma apreciável unidade de texto literário, imagem e design gráfico”.
Nesta 9ª edição do Prémio, concorreram 247 obras, com a participação de 77 editoras e de 23 edições de autor.

“Noa”, de Susana Cardoso Ferreira (texto) e Raquel Costa (ilustração), publicada em 2020 pela Oficina do Livro, vence 8ª edição do Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância 2022 a que concorreram 197 obras, com a participação de 66 editoras e 12 edições de autor.

De acordo com o júri, composto por Rui Marques Veloso, José António Gomes e Lúcia Santos, presidente do júri em representação da Fundação Bissaya Barreto, a obra premiada “possui um texto com uma estrutura narrativa original e de notória qualidade lírica e poética, capaz de suscitar o interesse de diferentes públicos. Com uma temática acessível, mas com espessura, e sem abrir mão de uma certa densidade dramática, a narrativa consegue ir ao encontro de uma diversidade de modos de sentir e de superar tensões emocionais e adversidades, o que é digno de nota. De uma comunicabilidade sensível, o texto literário é servido por uma ilustração expressiva e dinâmica que nunca ignora a psicologia das personagens.”

Por amor a mim”, de Eric Many (texto e ilustração), publicada pelas Edições Afrontamento, em 2019, foi a obra vencedora da sétima edição deste Prémio a que concorreram 181 obras (41 editoras, 4 edições de autor).

Para o júri, constituído pelos investigadores Leonor Riscado e Rui Veloso e por Lúcia Santos, em representação da Fundação, Por amor a mim é “um livro simples e sensível no conteúdo e na forma” onde “a espessura semântica do álbum resulta da perfeita articulação entre o texto, quase minimalista, e as imagens límpidas, atentas ao pormenor expressivo, permitem diferentes leituras para diferentes leitores. A subtileza e a inteligência com que se abordam as emoções começam por cativar o leitor, intrigando-o e questionando-o de forma permanente”.

À sexta edição do Prémio, a que concorreram 180 obras (60 editores e 4 edições de autor), a escolha do júri, constituído pelos investigadores Rui Marques Veloso e Leonor Riscado e Lúcia Santos, em representação da Fundação, recaiu sobre a obra “O cão que comia a chuva” da autoria de Richard Zimler (texto) e de Júlio Pomar (ilustração), editada pela Porto Editora, em 2018.

Para o júri este é “um livro de artista em que convivem, magistralmente, duas narrativas – o texto e as imagens. A depuração, fluidez e elegância são as marcas dominantes de um livro que nos cativa pelas leituras, atentas e sensíveis, do quotidiano de uma família, perspetivadas pelo olhar peculiar de um animal de estimação. A expetativa gerada pelo título poético vai sendo concretizada e ampliada, alimentando a empatia do leitor à medida que a ação progride e permitindo a identificação e comprometimento com valores humanistas”.

De entre as 145 obras concorrentes, “Gato procura-se”, da autoria de Ana Saldanha (texto) e Yara Kono (ilustração), editada pela Caminho em 2015, foi a escolha vencedora da quinta edição deste Prémio

Nas palavras do júri, constituído pelos investigadores Rui Marques Veloso e Leonor Riscado e Lúcia Santos, em representação da Fundação, a obra apresenta um “texto inteligentemente simples, trazido até ao leitor pela voz da criança” e que “encontra, na ilustração, os prolongamentos discretos que refletem o processo de descoberta e crescimento proporcionado pelas vivências do quotidiano”.

De entre 164 obras concorrentes (77 editoras e 8 edições de autor), resultou premiada a obra de poesia “Pequeno Livro das Coisas”, dos autores João Pedro Mésseder (texto) e Rachel Caiano (ilustração), editada pela Caminho, em 2012.

Para o júri do Prémio, constituído pelos investigadores Rui Veloso e Leonor Riscado, e Lúcia Santos em representação da Fundação, a obra “revela um olhar outro dos objetos triviais do quotidiano – as coisas – convocando todo o potencial imaginativo da criança e surpreendendo com um permanente convite a percursos que só o sonho pode alimentar”.

De entre as 263 obras concorrentes, resultou premiada a obra “A Bicicleta que tinha bigodes” da autoria de Ondjaki, editada pela Caminho, em 2011.

O júri constituído pela escritora Isabel Alçada, pelo investigador Rui Veloso e por Lúcia Santos, em representação da Fundação, rendeu-se à “qualidade da história narrada, feita de recordações e vivências que podem facilmente prender a imaginação do leitor e transportá-lo para realidades diferentes da sua” e à “riqueza do discurso que preserva marcas oralizantes e identitárias e permite aos leitores reconhecer a diversidade de registos na língua portuguesa”.

De entre as 205 obras concorrentes (30 editoras e 1 edição de autor) resultou premiada a obra “O Cavalinho de Pau do Menino Jesus e Outros Contos de Natal” da autoria de Manuel António Pina (texto) e de Inês do Carmo (ilustração), editada pela Porto Editora, em 2009.

A “narrativa notável, a qualidade estética do texto literário capaz de despertar o imaginário da criança, a originalidade da leitura e o humor inteligente” encontrados nesta obra foram para o júri – constituído pelo investigador Rui Veloso, pelo escritor Antonio Modesto e Lúcia Santos, em representação da Fundação – alguns dos motivos que imperaram na decisão.

De entre 110 obras concorrentes à primeira edição deste Prémio, resultou vencedora a obra “O Livro da Avó” da autoria de Luís Silva (texto e ilustração), editada pelas Edições Afrontamento, em 2007.

Na escolha do júri, constituído pela escritora Isabel Alçada, pelo investigador Rui Veloso e por Lúcia Santos, em representação da Fundação, imperaram “… a delicadeza do modo como o autor aborda os sentimentos nele presentes; o texto, que é marcado por uma depuração de linguagem que atinge uma simplicidade potenciadora da compreensão e do interesse das crianças; a ilustração, que apresenta uma textura de grande qualidade e comum a densidade poética envolvente; … o equilíbrio estético capaz de alimentar uma recorrente procura por parte das crianças”.