Vestidos a rigor, os alunos dirigiram-se à Quinta do Loreto, onde os engenheiros Carlos Alarcão e João Moreira os aguardavam. Num primeiro momento, visitaram a horticultura e estiveram a ver tomateiros e feijoeiros que cresciam em estufas. Após perceberem as vantagens destas culturas estarem em estufas e verem satisfeitas as suas curiosidades, os alunos descobriram que naquele local são feitos estudos para ver qual a tecnologia e a espécie mais produtiva e vantajosa para a agricultura. Seguidamente, ao ar livre, o entusiasmo foi geral quando uma colaboradora daquela quinta arrancou algumas batatas e os alunos compreenderam que a batata mãe depois de dar a substância à planta permitiu que debaixo da terra nascessem muitas batatas, de vários tamanhos.
Enquanto observavam um outro colaborador que lavrava a terra no trator e saltitavam entre algumas poças de água e montes de terra, os alunos foram ver as forragens, milho-grão e tremoço. Nesse espaço ficaram admirados ao ver a extensão de terreno com milho: “É o equivalente a um campo de futebol” comentavam entre eles. Enquanto iam satisfazendo as suas curiosidades mais uma vez percebiam a necessidade de se fazerem estes estudos para a produção do milho se desenvolver com mais eficácia entre os produtores. Mais uma vez ficaram maravilhados a ver as várias espécies de milho e a descobrir que alguns até têm nomes de mulher.
De seguida, foram até à Quinta do Bico da Barca, onde o engenheiro António Jordão lhes mostrou campos de arroz e lhes explicou o motivo desses campos estarem sempre cobertos de água. Depois de esclarecidas as dúvidas dos alunos, foi-lhes oferecido um saquinho com arroz, ainda com casca, para os alunos perceberem os diferentes processos pelos quais o arroz passa até chegar às suas casas.
Depois de uma pausa para o almoço, os alunos foram à Quinta da Cioga e a sua alegria era contagiante após verem as vacas leiteiras. Quando entraram na Vacariça onde a engenheira Manuela Pimental os aguardava muitas eram as perguntas, a vontade de fazer festas e de alimentar os animais era tanta que foi difícil responder a todas as solicitações. Contudo, duas grandes surpresas ainda esperavam os alunos, a primeira contactarem com os vitelos e com as novilhas, onde o entusiasmo foi geral quando entraram para junto deles, lhes fizeram festas e sentiram as suas lambidelas nas mãos. Após verem as instalações e os tipos de alimentação das vacas, no qual estavam presentes a silagem de milho com que tinham contactado de manhã, assim como outras ervas, e deste modo relacionarem esta descoberta com a cadeia alimentar, os alunos tiveram a surpresa de irem até à sala de ordenha. Neste local, apetrechado com tecnologia de ponta, os alunos viram algumas vacas leiteiras a serem ordenhadas, descobriram que o colar que elas têm permite que os produtores saibam quanto leite já deram e perceberam o processo que o leite faz desde que sai das vacas até que chega aos pacotes. Os alunos que quiseram também experimentaram fazer a ordenha e gostaram tanto da experiência que queriam repetir.
No final da visita os alunos receberam alguns produtos lacticínios e perceberam a importância de consumirem leite nacional. Nos dias seguintes, os alunos tinham o cuidado de trazer leite para os lanches e mostrar aos colegas o “PT” presente na embalagem, revelando deste modo a sua consciência para consumirem o que é nacional.
Prof. Maria João Alves