A fonte
2024
Juta, pigmento e água

Esta instalação estuda a relação entre três elementos e o seu correspondente simbolismo. O pigmento, ligação ao estado zero da matéria e estado primordial no processo de criação de uma pintura. A água, cujas significações simbólicas se podem reduzir em três temas dominantes: fonte de vida, meio de purificação e centro de regenerescência. E a luz, parte deste processo Criação, que permite a certas zonas a penumbra e apenas nos revela alguns pormenores. Cada elemento é pensado no seu pesar individual e colectivo. Propõe-se o questionamento da relação e tensão entre os mesmos. Um momento demorado para reflexão e quebra, o renascer de um rito. Andrei Tarkovsky escreveu que os nossos dias se caracterizam pela perda de rituais. É urgente um tempo de passagem, retornaremos ao pó.
Inês Rebeca, nasceu em Lisboa, onde reside e trabalha atualmente. Iniciou o seu percurso na escola António Arroio, onde concluiu o curso de Realização Plástica do Espetáculo. Ingressou posteriormente na licenciatura de Pintura, na faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e na Magyar Képzömuvészeti Egyetem, em Budapeste, na Hungria. Continuou a realizar outras formações, dentro das quais Art Management, na University of Arts of London. Desenvolveu trabalho no campo das artes cénicas em 2016, como aderecista assistente para a Companhia Nacional de Bailado e expõe o seu trabalho no campo das artes visuais desde 2017, dentro das quais se destacam as exposições: Prémio D.Fernando II, M.usa, 2023; Festival Iminente, Lisboa, 2022; Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, 2022; Jovem Criador, 19°, Museu de Aveiro, 2022; Bienal de Arte de Espinho, Museu Municipal de Espinho, 2021; I Will take the risk, Azan, 2019; T.I.M.E, BoCA Biennial of Contemporary Arts, 2019.

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