2023
[Entre Paredes] - O que faz uma casa?
[Entre Paredes] é uma exposição concebida para ilustradores criarem e exporem. Realizada anualmente, com base numa Open Call, terá um tema amplo renovado a cada edição. Este ano, o tema é: O que faz uma casa?
A casa é um lugar em que a relação entre a materialidade e a imaginação se unem na criação de um sentimento de pertença. A partir de uma Open Call, nove artistas foram selecionadas para expor a sua visão do que faz uma casa. As suas obras remetem para a casa como espaços a apropriar e a transformar, ricos em memórias. Lugares de intimidade, proteção e segurança, mas também de imaginação e transcendência.
Partindo de uma Open Call com mais de 50 propostas, foram selecionados os artistas: Bernardo Cantigas, Carolina Serranito, Constança Duarte, Elena Urbina, Filipa Alfama, Julia Chetwood, So, Theritch e Tiago Pereira.
Exposição patente entre 16 de novembro de 2023 e 3 de fevereiro 2024
Festival Apura
A IV edição do Festival Apura encheu as galerias da Casa das Artes Bissaya Barreto – Monumentais com um conjunto de obras plásticas e visuais de artistas e projetos individuais e coletivos. Nestas salas cruzaram-se imaginários, experiências, técnicas, gerações, mensagens, que refletem em diversidade os ecos culturais que transbordam as fronteiras físicas e imaginárias que separam (e unem) Coimbra do (ao) resto do país e do mundo. Obras de Tu Metes Nojo, Jonathan Miranda, Zabeth, Coletivo Gambuzino, Maria Palma, Inês Santos e Babu.
Exposição patente entre 28 de setembro e 19 de outubro de 2023.
Transmídia - nEcKo
Transmídia é uma exposição onde a pintura de graffiti, o design computacional, a inteligência artificial, a projeção e a arte vídeo se juntam para refletir sobre questões fundamentais que nos afetam a todos: a forma como coexistimos com a tecnologia e como esta modifica e amplifica as nossas capacidades cognitivas, em corpos orgânicos não preparados para uma aceleração evolutiva disruptiva e forçada. Uma viagem introspetiva pela arte híbrida, para mentes do século XXI, que explora diálogos entre arte, ciência, ética, filosofia, acerca do passado, presente e futuro da espécie humana. Estarão a biologia e a tecnologia a convergir na mesma direção? Quais as implicações da hibridização da espécie humana com a tecnologia?
Nascido em Buenos Aires, foi em Madrid que nEcKo cresceu e construíu a sua linguagem artística baseada no graffiti. Mais tarde, começa a integrar elementos tecnológicos e a participar, como diretor criativo, em campanhas disruptivas para grandes marcas como a Volvo, Cirque du Soleil, Walt Disney, Hard Rock, Aston Martin, entre outras. Ao mesmo tempo, é convidado em competições e exposições internacionais onde desenvolve um diálogo cada vez mais profundo com a arte multimédia. Desde 2022 que passa alguns meses do ano em Coimbra, onde continua a explorar fórmulas artísticas híbridas entre a arte plástica convencional e a tecnologia.
Exposição patente de 20 de julho a 2 de setembro de 2023, inaugurando a Casa das Artes Bissaya Barreto – Monumentais.
Pop Etéreo - David Fino
A viver em Berlim há 13 anos, David Fino procura capturar a essência da cidade no seu trabalho. As cores fortes, as texturas detalhadas e a sensação de movimento do graffiti, da arte de rua e da fotografia urbana são algumas das inspirações para as representações visuais que constrói.
Reconfigurando fragmentos de materiais descartados, ainda com infinitas possibilidades de uso, como fotografias, papéis, páginas de livros ou tecidos, David Fino cria padrões e texturas vibrantes. As suas obras, normalmente encontradas de relance ao virar da esquina, encontram agora uma nova fase do seu percurso efémero nas paredes da Casa.
Exposição patente de 15 de junho a 8 de julho de 2023.
Rippled - Bernardo Nascimento
RIPPLED é uma instalação sonora que mergulha num estado de suspensão, erodindo as barreiras da perceção espacial a cada onda de som e luz. Duas performances musicais, nos extremos do ciclo, marcam os momentos de imersão e emersão. A instalação percorre este movimento, flutuando autonomamente entre as brechas de disrupção.
Estudante de tecnologias da música, Bernardo Nascimento desvenda um ciclo de exploração do tempo, forma e dinâmica de ondas sonoras, em que técnicas como a síntese e a ressíntese sonora aliadas ao som surround e à iluminação imersiva, replicam uma atmosfera de suspensão subaquática.
Instalação patente de 27 de maio a 12 de junho de 2023.
Falha // Fault - Luísa Ramires
Através da exploração de diferentes técnicas como o desenho, a serigrafia e a montagem digital, Luísa Ramires relaciona os fenómenos naturais àqueles da ação humana, numa clara expressão de uma vontade de limpeza e cura, expandida até à audiência, que poderá interagir com a exposição num exercício de libertação e evolução. Desde a crosta terrestre até à própria constituição do nosso ser interior, a falha surge como uma inevitabilidade que permeia tudo o que é. Manifestando-se em espaços vazios, rachas criadas pelo próprio tempo, e desejos além da nossa capacidade de concretização, a falha assume, no nosso imaginário conceptual e verbal, uma imediata associação ao erro – onde o que é e o que deveria ser se confrontam.
Ao refletir sobre este ponto, Herberto Helder conclui: “O erro aparece como uma constante, mas existe a possibilidade de ser sempre menor. Entre um grau máximo e um grau mínimo de erro, situa-se a evolução. (…) Evolui, evoluirei.” (Jornal de Letras e Artes, Maio, 1964). A partir deste ponto de vista, Luísa Ramires convida os espectadores a procurar subverter esta associação. Desde o traço manual ao digital, todas as obras refletem um processo suscetível à falha. Ora obras inacabadas, ora obras auto-reprimidas, procurou ela própria fugir a estes preconceitos e assumir o que as tornava únicas – o erro. Exagerou-os, apropriou-se, tornou-os nas composições que aqui poderão ver e refletir.
Luísa Ramires concluiu o curso de Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e o Mestrado de Mercados da Arte no ISCTE. Utiliza práticas artísticas como o desenho, a manipulação digital e a serigrafia têxtil. Combina frequentemente técnicas manuais com técnicas digitais, remetendo-nos para a união entre estes dois mundos, explorando a interposição da génese de uma atmosfera a partir de elementos geológicos. Expõe o seu trabalho em Portugal e no estrangeiro, em países como Espanha, França, Nova Zelândia, Dinamarca. Conta com exposições em diversas instituições como o Museu Nacional Machado de Castro em Coimbra e o Convento do Carmo em Lisboa.
Exposição patente entre 1 de abril e 13 de maio de 2023.
Horizontes da Arte Contemporânea
O Brain! My Brain!
Que mistérios esconde o cérebro? Num diálogo entre a arte e a ciência, a exposição “O Brain! My Brain!” procura desvendar o cérebro enquanto entidade orgânica e misteriosa que distingue o ser humano e emocional. Uma iniciativa do Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra que reune dois grupos de investigação, das Neurociências e do Design Computacional, para mostrar como o cérebro nos move, comanda, enriquece e engana, norteando o nosso quotidiano de vivência de onde emerge a multiplicidade de ser e estar, de pensar e sentir. Em quatro peças multimédia e interativas, este coletivo de colaboração entreabre a janela para o universo do cérebro humano e para a sua natureza singular.
Exposição patente de 21 de janeiro a 25 de fevereiro de 2023.