2024
No cerne das nossas memórias estão, muitas vezes, objetos. Utilizamo-los para nos ajudar a recordar de certas experiências. Guardamos memórias em objetos, estendendo a nossa mente para o mundo físico. Os objetos ajudam-nos a viajar no tempo, revisitando espaços e pessoas que já não existem. Ajudam-nos a imaginar o futuro, usando memórias do passado. Até nos ajudam a definir quem somos. A exposição “Objetos de Memória” inspira-se nas teorias filosóficas mais actuais sobre a memória, expressando-as de novas formas. São respostas possíveis a questões como: “O que é uma memória e como é que é criada?”, “Como pode a minha memória ser guardada num objeto?”, e “As minhas memórias individuais ajudam a criar uma memória social ou cultural?”.
Cientista durante muitos anos, Alun Kirby teve a sua primeira exposição individual em 1999 e começou a trabalhar com cianotipia em 2001. Depois de trocar a ciência pela arte, em 2017, foi finalista do Prémio KPP (2018) e do prémio SCAF Emerging Artist (2019). Nas suas exposições destaca-se uma grande exposição individual nas galerias Dean Clough (Reino Unido, 2019). A maior parte do seu trabalho centra-se nas comunidades, incluindo projectos com bibliotecas, escolas, arquivos, museus, igrejas, aldeias e casas senhoriais.
Tem colaborações de longo data com pessoas que vivem com demência e filósofos, e a sua investigação sobre a memória levou à criação de um novo processo em cianotipia: o metamorfograma. Este processo foi publicado num livro académico sobre design (Pattern and Chaos, 2024) e utilizado como base para artigos de investigação filosófica (publicados em 2021 e 2023). Desde 2023, Alun vive e trabalha no Porto, onde é cofundador do Clube de Desenho do Porto.
Exposição patente de 4 de maio a 10 de agosto de 2024.
A habitação é um espaço onde traçamos as linhas da nossa existência, o local onde esculpimos a nossa identidade, os nossos sonhos e o nosso futuro. Em Portugal, como em várias partes do mundo, enfrentamos uma crise no sector da habitação onde o seu papel basilar, no desenvolvimento pessoal, económico e criativo, fica comprometido por um código postal. Cada pessoa tem uma perspectiva única sobre a essência de cada m2 da sua casa: um local de refúgio, descanso, contemplação, socialização, reflexão ou criação.
A exposição Chão estabelece um diálogo entre diversos artistas, que através das suas obras, ilustram o significado que a casa tem nas suas vidas. Esta mostra convida-nos a explorar o conceito de habitar, como também a questionar as transformações e ameaças, que têm surgido ao direito desta função elementar, aos alicerces e à estrutura da nossa sociedade. Chão pretende solidificar o direito, que todos temos, de ter um tecto. Artistas em exposição: Caver, Cosmic Lin, Dear Anushka, Dylan Silva, Elianyuri, Manel Alma, Maria Corvacho, Patrícia Mariano, Rita Ravasco e Tomás Castro Neves.
Exposição patente de 4 de maio a 22 de junho de 2024.
bLast é a última exposição que a Casa das Artes – Sá da Bandeira vai acolher antes de entrar num período de renovação. A transformação começa com o reimaginar dos espaços de toda a Casa, desde a cave ao sótão, com total liberdade para intervir na estrutura e objetos que persistiram ao tempo e às várias identidades que o edifício assumiu desde a sua construção. bLast conta com a participação de 38 projetos artísticos, cujas criações foram pensadas de forma a proporcionar ao público uma experiência imersiva e interativa, antes de, como o título indica, ir tudo pelos ares. Mais informações em https://www.fbb.pt/cabb/blast/
Artistas em exposição: Ana Frois, Andrea Paz, Babu, Bernardo Nascimento, Bite records, Bruno Fidalgo Sousa, CALA x Vanda Santos, Catarina Parente, Clarisse Silva, Coletivo Gambozino, Cyril Reichenbach, Diogo Braga, Nathalia Coehl e Thales Luz, Diogo Nunes, ETC – Eléonore Labattut & Simon Deprez, Filipa Alfama, Gil Mac, Gonçalo Gaiola, Henrique Vilão, Inês Rebeca, Inês Santos, Inês Serpente, João Concha, Lilian Walker, Luisa Ramires, M. M. Moinhos, Madalena Pequito, Margarida Franco Rodrigues, Maria Palma, Martîm, Pinelopi Triantafyllou, Ricardo Leiria, Saco da Baixa, Sarah Legow, So & Bernardo Matos, Sonia Salcedo, Time for the oniric, Vitor Malva e Xana Eloy.
Exposição patente de 16 de março até 18 de maio de 2024.
Maria Luísa Capela é guiada pela beleza da cor que ganha forma, e, com ela é, sem constrangimentos, levada para espaços remotos, como paisagens reunidas sem agendamento prévio, que emitem um deslumbramento condenado à criação de tentar engolir o mundo.
Os trabalhos da artista partem das coisas do mundo que fazem a descrição da sua memória, num lugar enérgico de inquietações e rodopios do mundo que a movem para alcançar a morfologia da paisagem naquela que é a surpresa libertadora da tecnologia dos materais e técnicas que transita.
Licenciada em Pintura na FBAUL, tendo concluído em 2019. Estudou ainda na Accademia Albertina di Belle Arti em Turim. Ganhou o 2º Prémio na XII Edição da Bienal Internacional Arte Jovem de Vila Verde (2022) e o Prémio Revelação na XV Edição do Prémio D. Fernando II no MU.SA (2019). Teve a sua 1ª exposição individual VERDECER AO SOL (2022) na Galeria Spazio Nuovo em Roma e recentemente teve a exposição individual HACIENDO FLORES DE PAPEL (2023) após residência artística em Lérida, Espanha.
Exposição patente de 22 de fevereiro até 13 de abril de 2024.