Enquanto brincam, as crianças são naturalmente incentivadas a observar e refletir sobre o mundo ao seu redor. Foi isso que aconteceu na floresta da Casa da Criança, onde os mais pequenos encontraram lixo e, ao ser mencionado brevemente Bordalo II e sua arte feita com lixo, surgiu um novo projeto cheio de perguntas a responder e ideias para experimentar.
Uma das questões que surgiu foi: ““Bordalo II? Também há Bordalo I?”
O percurso iniciou com a descoberta de Augusto Real Bordalo, avô do artista, que pintava aguarelas retratando paisagens de Lisboa, cidade em que vivia, e que levou as crianças a pintar aguarelas de paisagens de Coimbra, a sua cidade.
Inspiradas por Bordalo II e com o objetivo de transmitir a sua mensagem, as crianças construíram várias esculturas utilizando o lixo que recolheram. A maior e mais significativa é uma escultura de um milhafre, uma ave abundante nas proximidades que as crianças frequentemente observam nos jardins e na floresta.
Os pequenos artistas, chamados de “Bordalitos”, assinaram a escultura do milhafre, que será colocada nos jardins da Casa da Criança para consciencializar toda a comunidade educativa sobre a problemática da poluição.
O entusiasmo das crianças estendeu-se às famílias, que realizaram pesquisas sobre esses dois artistas e visitaram algumas das esculturas de Bordalo II nos locais onde estão instaladas.