Luísa Ramires – Espaços transientes
Fachada
2023
Tecidos de linho e de algodão preenchido com linho cru
Trajeto: Alameda-Roma
2024
Monotipia serigráfica com tinta de pigmento s/ tecido de linho e algodão
Trajeto: Estefânia – Arco do Cego
2024
Monotipia serigráfica com tinta de pigmento s/ tecido de linho e algodão
Trajeto: Saldanha – Estefânia
2024
Monotipia serigráfica com tinta de pigmento s/ tecido de linho e algodão
Trajeto: Estefânia – Arco do Cego
2024
Monotipia serigráfica com tinta de pigmento s/ tecido de linho e algodão
Trajeto: Roma – Areeiro
2024
Monotipia serigráfica com tinta de pigmento s/ tecido de linho e algodão
A instalação Espaços transientes serve como ensaio topográfico dos espaços que a artista habitou nos últimos anos. Nestas obras encontramos os caminhos percorridos entre as casas em que viveu. O fenómeno do neo-nomadismo leva-nos a questionar a permanência no lugar. A banalização das viagens e da hipermobilidade levam a uma efemeridade dos espaços, a uma falta de raízes. Tendo por base o livro “Poetics of Space” de Gaston Bachelard, onde o autor explora o conceito de “motionless childhood” – “infância imóvel”.
Aqui, Bachelard impõe a casa como uma parte da nossa história enquanto pessoa, uma carapaça para o corpo que nos carrega nesta vivência. Quando revivemos as memórias dos espaços em que vivemos no passado, viajamos para um sentimento com o qual nos confortamos. A intimidade que deixamos em cada lugar permanece na sua história. A artista, com esta instalação, questiona: quanto do “eu” fica em cada lugar por onde o corpo passa?
Luísa Ramires, nascida em Coimbra em 1994, concluiu o curso de Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e o Mestrado de Mercados da Arte no ISCTE. Utiliza práticas artísticas como o desenho, a manipulação digital e a serigrafia têxtil. Conta com exposições em diversas instituições como o Convento do Carmo em Lisboa e a Casa das Histórias em Cascais. Desde 2016 que colabora com o Museu Nacional Machado de Castro e a Alzheimer Portugal na coordenação e concepção artística da exposição “Desenhar o Tempo – O Teste do Relógio”, que conta com 5 edições, tendo sido exposta no Museu Nacional Machado de Castro em Coimbra, no Museu do Tesouro da Misericórdia em Viseu, na Casa Municipal da Cultura de Estarreja e no Centro Cirúrgico de Coimbra. Foi finalista em vários concursos, como a 1ª edição do Prémio da Casa das Histórias Paula Rego e o Prémio Internacional da Cidade da Guarda, e recebeu uma menção honrosa na Jovarte Bienal de Loures em 2021 e o 1º Prémio de Pintura D. Fernando II em 2024. Participa regularmente em residências artísticas, entre as quais no Kunstkollektivet 8B na Dinamarca, Bienal do Linho de Portneuf no Quebec, Canadá e Risco, Alfaia em Loulé.
Website: www.ziziramires.com
Redes Sociais: https://www.instagram.com/ramireszizi/