Sem Título
2024
Elástico preto, perfis de aço e pregos

A peça que Inês Serpente nos apresenta insere-se na série “Desenhos no Espaço”, que desenvolve desde 2018. Nesta série tem como referência a grelha enquanto ponto de partida, que lhe permite testar diferentes características materiais: a resistência do elástico e a resistência das tiras e varas de metal. Nestas instalações, além da grelha, torna-se objeto de estudo ideias como a tensão, a distorção e percepção, mas também a forma e os contrastes entre rígido e fluído, entre reto e curvo. É também este contraste, em pequenos pormenores da instalação, que numa vista geral, lhe concede a sensação de estarmos a observar uma peça com profundidade, quando no fundo, é apenas um plano vertical que é trabalhado. Cada peça é site-specific e atinge o seu verdadeiro exponencial quando o observador a ativa ao experienciar a obra de diferentes perspectivas. Neste diálogo entre obra e público, cria-se um espaço sacralizado para a observação simultânea, tanto do todo, como do pormenor, e do processo de transformação que se dá entre um momento e o outro.
Inês Serpente nasceu em Lisboa em 1998. Desde jovem que se entregou à pintura, descobrindo mais tarde a sua paixão pela intervenção tridimensional ao estudar Cerâmica. Usando no seu trabalho referências à grelha e à cultura do graffiti, a sua obra desdobra-se entre a pintura e a instalação, e encontra-se entre a terra – o concreto – e o céu – o imaginário. A sua obra trata a relação que existe entre forças e mundos opostos, criando tensões que nos atraem para as peças. Licenciada em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, tem tido a oportunidade de mostrar o seu trabalho em diversas exposições, das quais se destacam: Transversalidade a Três na Galeria Municipal de Pirescoxe, Casa Plástica no Festival A Porta, Linha de Fuga, na Fundação D. Luís I, e a Nasty Women Exhibition, entre outras.

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