Toda a arte está do lado de lá
2024
Stencil e spray

“Toda a arte é uma Casa. Toda a pintura é uma janela, todo o texto é um teto, toda a forma é um alicerce. Ninguém tem a Casa que merece, há quem tenha a Casa que constrói; a Casa que apenas observa à distância; a Casa que apenas é espaço transitório para o seu vaguear. Mas toda a arte é uma Casa – e quando se capitalizam assim as letras, quando se sobrepõe o C ao a de Casa, pelo menos não se capitalizam as paredes. Diz-se que para conhecer o proprietário basta olhar para o jardim. Que bom que esta Casa não tem dono. Que bom que toda a pintura e texto e forma são tão temporários quanto a Casa onde se inserem. Como a gente que a ergue. Como as pessoas que as habitam. Como esta sinopse
condenada pelo tempo.”

Bruno Fidalgo de Sousa nasceu, por acaso, em Leiria, no ano de 1997. Os seus textos e poemas estão publicados em vários livros e revistas, que ainda não viram maneira de se livrar deles. É jornalista, videógrafo e uma-pessoa-que-odeia-escrever-biografias (em regime freelancer).

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